• Angola Na 25ª Conferência Internacional Da Aids Society


    Angola está representada na 25ª Conferência da International AIDS Society, que iniciou a 22 de Julho  e terá suas actividades até a próxima sexta-feira, dia 26, em Munique, Alemanha.Esta Conferência é considerada o maior encontro mundial sobre o VIH/SIDA, e reúne gestores, profissionais de saúde, pesquisadores, sociedade civil, agências das Nações Unidas, financiadores, prestadores de serviço, laboratórios farmacêuticos e de diagnóstico, entre outros.É esperado que mais de 15.000 pessoas participem desta Conferência, de forma presencial ou on-line.A conferência é um espaço sublime para troca de experiências, atualização científica e advocacia.São muitos os temas a serem abordados e debatidos durante a Conferência, mas destacam-se: novas estratégias de prevenção, a liderança das comunidades na resposta ao VIH, perspectivas de avanços nos tratamentos, pesquisa de vacinas, combate ao estigma e discriminação e a sustentabilidade da resposta. Repetidas vezes os participantes são exortados a guiarem suas acções colocando as pessoas em primeiro lugar na resposta ao VIH. Todas as intervenções da abertura foram direcionadas para os avanços alcançados, mas sempre exortando as ameaças que a discriminação não só dá as pessoas que vivem com VIH, mas de todas e todos que pertencem a grupos populacionais que experimentam exclusão, aumentam as infecções na medida em que as barreiras para o acesso à saúde por estas populações são impedimentos para que as tecnologias de prevenção, diagnóstico e tratamento sejam efetivamente implantadas.Angola está representada de forma inclusiva na Conferência. Pelo Governo, estão a  Directora do Instituto Nacional de Luta contra a SIDA, Drª Lúcia Furtado, além de mais 3 técnicas do MINSA. A sociedade civil está representada pela ANASO e pelas organizações AIA, IRIS, Ação Humana, ACADEJ e ADPP. Também está presente, na conferência a presidente do Mecanismo de Coordenação do Fundo Global, Drª Ana Ruth Luiz. O CDC; a USAID e o FNUAP Angola também enviaram representantes.A abertura oficial ocorreu às 17horas, mas há dois dias estão a decorrer mesas de debate e palestras pré conferência, assim como encontros como o que o PEPFAR liderou hoje com os países da região da África Subsaariana em torno da Aliança Global para o fim da SIDA em crianças até 2030.Angola teve um dia muito produtivo na Conferência. Além de reunião de mobilização de recursos com o PEPFAR e de cooperação com o Departamento de HIV/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde do Brasil, a equipa do país pôde aumentar seus conhecimentos e assistir a participação do país, a conivite da organização, em um debate cujo tema era a sinergia entre sociedade civil e Governo na redução do estigma e discriminação. Presencialmente, o país foi representado na mesa de debates pelo jovem Pedro Kakoka, que demonstrou maturidade e muita responsabilidade na resposta ao VIH, com foco na inclusão de jovens. O precedeu a participação por via eletrônica, de S Excia Secretária de Estado para os Direitos Humanos, Dra Ana Celeste Januário, que expos as acções do Governo para a redução do estigma e discriminação contra as pessoas que vivem com VIH e as populações mais afectadas pela epidemia, como pessoas LGBTQI+ e trabalhadores do sexo.No seu discurso de abertura, a Directora Executiva da ONUSIDA, Dra Winnie Byanyima, ao clamar os países para o financiamento adequado da resposta, citou Angola como um dos cinco países de baixa e média renda em que o Governo é responsável por mais de 50% do financiamento da resposta ao VIH/SIDA. Após esta fala, conclamou que outros países assumam esta responsabilidade.Ainda hoje, durante o lançamento do relatório da ONUSIDA para 2023, Winnie Byanyima afirmou: "Os líderes mundiais prometeram acabar com a pandemia da AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030, e eles podem cumprir sua promessa, mas somente se garantirem que a resposta ao HIV tenha os recursos de que precisa e que os direitos humanos de todos sejam protegidos. Os líderes podem salvar milhões de vidas, prevenir milhões de novas infecções por HIV e garantir que todos que vivem com HIV possam viver vidas saudáveis e plenas.”