As medidas de prevenção e combate contra a cólera foram avaliadas hoje, 11 de Janeiro, no encontro entre o Ministério da Saúde e representantes do governo, Direcções Provinciais e Direcções Municipais de Saúde do país, realizado no Hospital Geral de Cacuaco “Heróis de Kifangongo”.

O surto de cólera e de diarreias agudas que atinge alguns bairros dos municípios de Catete, Cacuaco e Dande na província de Luanda até ontem, 10 de Janeiro, registou um total de 119 casos, entre os quais 12 óbitos, correspondendo a uma taxa de letalidade de 10%, segundo o Boletim Epidemiológico da Cólera, divulgado pela Direcção Nacional de Saúde Pública.

Foram instalados Centros de Tratamento à Cólera (CTAs), nas províncias de Luanda, Bengo e Icolo e Bengo, para reforçar o atendimento aos pacientes e controlar o surto de doença.

Durante a sua intervenção, a Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, disse que o país encontra-se mais uma vez numa situação de emergência de saúde pública em que todos são chamados a dar o seu contributo, porque desde o dia 7 de Janeiro foram registados os primeiros casos com diagnóstico de cólera, apesar de se constatar nos primeiros dias do ano 2025 casos de diarreias, quadro típicos de cólera.

"O número de casos positivos de cólera tem estado a aumentar e cada caso representa mais 20 casos, podendo haver casos de doentes assintomáticos ou com sintomas leves que não procuram as unidades sanitárias".

De acordo com a titular do sector, a cólera mata. E mata em pouco tempo, levando o doente a um quadro de desnutrição severa incompatível com a vida, de modos que o processo de mobilização social e a promoção de saúde, têm que ser uma das grandes bandeiras para além de outras medidas, como a sensibilização da população sobre práticas de higiene, como lavar as mãos e higienizar alimentos para prevenir a transmissão da doença.