CONSIDERAÇÕES FINAIS DO PRIMEIRO FÓRUM NACIONAL DOS HOSPITAIS
PROFERIDO POR SUA EXCELÊNCIA, MINISTRA DA SAÚDE, SÍLVIA PAULA VALENTIM LUTUCUTA
Ao Senhor Secretário de Estado para a Área Hospitalar,
Mui digna Bastonária da Ordem dos Médicos,
Mui digno Director Nacional dos Hospitais,
Mui dignos directores das nossas unidades de nível terciário, secundário e primário,
Colegas directores provinciais e municipais de saúde,
Estimados responsáveis do sector da saúde do nosso belo país,
Hoje encerramos um momento histórico. Este Primeiro Fórum Nacional dos Hospitais não foi apenas um encontro, foi um marco, um ponto de viragem, um verdadeiro despertar para a missão grandiosa que assumimos perante Angola.
Nestes dois dias intensos, não estivemos apenas a discutir números, protocolos ou organogramas. Estivemos a discutir vidas. Estivemos a discutir o futuro da saúde pública, a dignidade dos cuidados prestados e a excelência que queremos construir para as próximas gerações.
E quero que todos saiam daqui com a certeza de que vocês são os primeiros promotores de saúde deste país. Cada diretor, cada médico, cada enfermeiro, cada técnico, cada gestor, todos são peças essenciais na engrenagem que transforma desafios em vitórias.
Falamos de hospitais, sim. Mas falamos sobretudo de promoção de saúde, de diagnóstico precoce, de tratamento humanizado, de reabilitação de qualidade. Falamos de formação, de capacitação, de futuro.
E reafirmamos algo que precisa estar gravado no coração de cada profissional de saúde:
a porta de entrada do nosso sistema, os cuidados primários, é o berço da verdadeira mudança.
É ali, nos centros de saúde, nos ambulatórios, nas unidades básicas, que começa a grande batalha pela vida. É ali que se vencem doenças antes de se tornarem ameaças. É ali que se constrói o futuro da saúde pública.
Estamos a formar equipas completas, multidisciplinares, integradas. Estamos a reforçar a referência e a contra-referência. Estamos a preparar regulamentos modernos, protocolos adicionais e um programa de formação que jamais teve igual.
Mas nada disso viverá se não tivermos vocês.
A vossa entrega.
O vosso compromisso.
A vossa liderança.
Angola celebra neste momento 50 anos de independência. Cinquenta anos de luta, conquista, superação e orgulho nacional. Temos muitos ganhos, muitos motivos de celebração, mas também temos desafios que só poderão ser ultrapassados com coragem, disciplina e dedicação.
E eu digo-vos:
cada unidade sanitária precisa de um líder que faça a diferença.
Não queremos profissionais que passem despercebidos.
Queremos exemplos.
Queremos referências.
Queremos histórias que elevem o nome do nosso sector.
A saúde é missão. É chamado. É serviço.
E vocês são os guardiões dessa missão.
Por isso, termino com um apelo:
Levem deste Fórum a chama da responsabilidade e a luz da transformação.
Sejam faróis nas vossas províncias.
Sejam inspiração para as vossas equipas.
Sejam agentes da mudança que Angola precisa e merece.
O meu muito obrigado a todos.
Sigamos juntos, com fé, com força e com esperança.
E reencontrar-nos-emos, provavelmente, no dia 13 de Dezembro, o dia do nosso Serviço Nacional de Saúde, que celebra também 50 anos de existência. Um dia em que honraremos o passado, celebraremos o presente e projetaremos, com confiança, o futuro dos nossos cuidados primários de saúde.
Angola conta connosco.
E nós contamos uns com os outros.
Muito obrigada.