• MINISTRA DA SAÚDE PRESIDE ABERTURA DO 6° CONGRESSO DE CONTROLO DA QUALIDADE LABORATORIAL DA CPLP


    A Ministra da Saúde, Sílvia Paula Valentim Lutucuta, presidiu nesta quinta-feira, 30 de Outubro, em Luanda, a sessão de abertura do 6.º Congresso de Controlo da Qualidade Laboratorial para os Países de Língua Portuguesa (6.º CCQL-PLP). O evento reúne especialistas e profissionais de saúde de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal, com o objectivo de reforçar a cooperação e a qualidade dos serviços laboratoriais no espaço lusófono.

    A cerimónia contou com a presença do Secretário de Estado para a Saúde Pública, Professor Carlos Alberto Pinto de Sousa, do Embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre Duarte, de representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de delegações dos países membros da CPLP.

    Na sua intervenção, a Ministra Sílvia Lutucuta, destacou que o congresso reafirma o compromisso do Executivo angolano com a qualidade, fiabilidade e excelência dos serviços laboratoriais, conforme estabelecido no Plano Estratégico de Cooperação em Saúde da CPLP (PECS-CPLP 2023–2027).

    “Este congresso simboliza o espírito de solidariedade e cooperação entre os nossos povos e reveste-se de especial importância num momento em que Angola se prepara para celebrar os 50 anos da sua Independência”, afirmou a ministra.

    De acordo com a titular da pasta da Saúde, Angola está a implementar um programa estratégico de fortalecimento da Rede Nacional de Laboratórios de Saúde, alinhado com a abordagem ‘Uma Só Saúde’ e os compromissos internacionais de segurança sanitária global. Entre as principais acções, destacou a reabilitação e modernização de cinco laboratórios regionais e hospitalares, a instalação do primeiro Laboratório de Nível de Biossegurança 3 (BSL-3) do país, a aquisição de equipamentos modernos, a formação contínua de técnicos e a implementação de programas de garantia da qualidade e de um Sistema Nacional de Informação Laboratorial.

    Lutucuta sublinhou que estas iniciativas têm resultado em ganhos estruturais e científicos, traduzidos na melhoria da capacidade diagnóstica, na redução do tempo de resposta a emergências de saúde pública e na ampliação do acesso aos serviços laboratoriais.

    “A qualidade laboratorial é sinónimo de credibilidade científica e de confiança no sistema nacional de saúde”, reforçou.

    O Coordenador para a Área de Políticas e Sistemas de Saúde da OMS em Angola, Dr. Tomás Valdez, salientou que os laboratórios de saúde pública representam a linha da frente na deteção e gestão de surtos, num contexto regional onde se registam mais de 100 eventos epidémicos por ano.

    O Coordenador da OMS, defendeu a adoção de uma abordagem integrada para garantir a sustentabilidade e eficiência dos sistemas de gestão da qualidade laboratorial, assente na transferência de tecnologia, padronização de procedimentos, fortalecimento da avaliação externa da qualidade, formação de líderes de qualidade e consolidação dos aspectos regulatórios do Sector.

    A Diretora-Geral do Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS), Joana Morais, explicou que o congresso é promovido pelo Ministério da Saúde de Angola, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Portugal), o Instituto Nacional de Saúde Pública de Cabo Verde e a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas e tem como objectivo reforçar a cultura de qualidade e acreditação laboratorial, promover a investigação colaborativa e estimular a inovação biomédica entre os países lusófonos.

    O encontro, que decorre durante dois dias, inclui debates sobre hemoglobinopatias, doenças metabólicas e genéticas, e doenças infecciosas como tuberculose, VIH, malária e arboviroses, reforçando o papel dos laboratórios no diagnóstico e resposta às emergências de saúde pública.

    “O INIS tem assumido uma liderança exemplar na agenda nacional e regional de melhoria da qualidade laboratorial, contribuindo para posicionar Angola como parceiro de referência no espaço da lusofonia”, concluiu a Ministra da Saúde.

    Fonte: DCI / MINSA