• MINISTRA DA SAÚDE TESTEMUNHA AVANÇOS HISTÓRICOS NA CIRURGIA ROBÓTICA EM ANGOLA


    A Ministra da Saúde, Dra. Sílvia Lutucuta, realizou neste domingo, 10 de agosto, uma visita ao Complexo de Doenças Cardiovasculares Dom Alexandre do Nascimento, onde recebeu uma actualização sobre as cirurgias urológicas e ginecológicas em curso.

    As intervenções estão a ser conduzidas por equipas multidisciplinares, incluindo especialistas americanos e brasileiros, no âmbito do acordo com a Advance Care. Estas equipas estão a trabalhar em estreita colaboração com profissionais angolanos em todas as fases do processo cirúrgico: pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório.

    A visita integrou-se na Semana da Cirurgia Robótica, uma iniciativa pioneira no continente africano que representa um marco importante na modernização dos serviços de saúde em Angola. Desde o início do programa, em agosto de 2024, já foram realizadas 35 cirurgias robóticas com sucesso, distribuídas por urologia (21), cirurgia geral (11) e ginecologia/obstetrícia (7).

    Durante a visita, a Ministra reiterou o compromisso do Executivo com a inovação tecnológica e a capacitação contínua dos profissionais de saúde, destacando o impacto estratégico do programa:

    “Estamos a testemunhar um momento histórico para a saúde em Angola. A cirurgia robótica não é apenas um avanço tecnológico, é uma ponte para o futuro da medicina no nosso país. Esta iniciativa reforça a nossa visão de garantir cuidados especializados de alta qualidade, acessíveis e sustentáveis, com base em conhecimento nacional e cooperação internacional sólida”, declarou a Dra. Sílvia Lutucuta.

    A Ministra visitou ainda o Centro de Formação do Complexo, onde será instalado um moderno programa de simulação cirúrgica, destinado ao treino contínuo de médicos angolanos.

    A campanha de cirurgia robótica está a ser coordenada pela Dra. Francisca Quifica, responsável geral da Cirurgia Robótica no Complexo Cardeal Dom Alexandre do Nascimento. A equipa é composta por urologistas, ginecologistas, anestesistas, médicos internos de várias especialidades e profissionais de enfermagem.

    É de destacar a participação de profissionais provenientes de diversas unidades hospitalares, como o Hospital Geral de Cabinda, o Hospital Materno-Infantil Azacont e o Hospital do Prenda.

    Até à presente data, foram realizadas 35 cirurgias robóticas, das quais: Urologia – 21 casos; Ginecologia – 7 casos
    Cirurgia Geral – 11 casos.

    O país também registou três telecirurgias, sendo a de maior distância realizada em junho último, um marco importante no uso da tecnologia remota em medicina.
    Participaram nas actividades: 6 médicos de urologia (2 especialistas e 4 internos); 6 médicos de obstetrícia (1 especialista e 5 internos); Equipa de anestesia com 3 técnicos angolanos; Cirurgiões nacionais de destaque, como o neurocirurgião Dr. Djamel Kitumba, Equipa técnica e de apoio: 3 engenheiros (1 angolano e 2 chineses).

    A presença de profissionais nacionais ao lado de especialistas internacionais e engenheiros de diferentes origens evidencia o compromisso do Governo com a capacitação dos quadros nacionais, a inovação tecnológica e a redução das desigualdades no acesso à saúde.

    Desde que Angola se tornou, em agosto de 2024, o segundo país da África Subsaariana a realizar com sucesso uma cirurgia robótica, tem vindo a intensificar o investimento em tecnologia de ponta. Em junho de 2025, o país alcançou outro feito histórico: a primeira cirurgia robótica transatlântica, com conexão remota entre Luanda e uma equipa médica internacional.

    A Ministra sublinhou que o Executivo está a preparar a expansão faseada destas tecnologias para hospitais terciários nas províncias de Luanda, Cabinda e outras regiões, com o apoio de uma rede nacional de telecirurgia e programas de formação baseados em realidade aumentada, simulação e mentoria remota.

    A experiência angolana mostra que a cirurgia robótica pode ser uma catalisadora do fortalecimento sistémico dos cuidados de saúde, contribuindo para a soberania tecnológica, a melhoria dos resultados clínicos e a equidade no acesso à cirurgia de alta complexidade.

    Gabinete de Tecnologias de Informação e Comunicação Institucional
    Ministério da Saúde