Com vista a dar resposta aos surtos causados por doenças infecciosas, resultantes da interface- homem, animal e ambiente, o Ministério da Saúde realizou nesta terça-feira, 29 de Agosto, em Luanda, o Workshop sobre partilha de dados no âmbito de "Uma Só Saúde”.Em representação da ministra da Saúde, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto de Sousa, disse que a nível mundial, nas últimas três décadas, a maioria das novas doenças zoonótica infecciosas emergentes foram 70 por cento de origem animal, especialmente da vida selvagem. "Os principais factores para o surgimento destas doenças estão associadas as actividades humanas, incluindo mudanças nos ecossistemas como são a intensificação da agricultura, desflorestação, a procura de alimentos, urbanização, viagens e comércio internacionais”, referiu. Durante o Workshop, foram debatidos temas como "Funcionamento do Sistema de Vigilância”, "Situação Epidemiológica – Saúde Humana, Animal e ambiental”.O continente africano apresenta um risco elevado para a ocorrência de surtos causados por doenças infecciosas e outros eventos que interferem com a saúde, sendo que muitos deles resultam da interface homem-animal-ambiente. Para o secretário de Estado, "Uma Só Saúde” é uma estratégia que integra a interação humana- animal-ambiente, na abordagem as ameaças a saúde, com base na elaboração, comunicação e coordenação em todos os sectores e disciplinas relevantes. "O objectivo final é de alcançar os melhores resultados na saúde, tanto para humanos como para animais”, disse.A abordagem "Uma Só Saúde” aplica-se a nível municipal, provincial, nacional e global. Carlos Alberto Pinto de Sousa informou que Angola, através do Ministério da Saúde, assumiu o compromisso internacional em adoptar "Uma Só Saúde”, através do programa Regional de Melhorias dos Sistemas de Vigilância (REDISSE IV ANGOLA).Com o programa, financiado pelo Banco Mundial, o Ministério da Saúde estabeleceu o Comité Técnico UMA SÓ SAÚDE (CTUSS), um grupo multissectorial e multidisciplinar com membros provenientes de diferentes sectores, com a finalidade de coordenarem de forma integrada as abordagens para melhorar a saúde, desenvolver capacidades e indicar oportunidades ao país na implementação do REDISSE.