Foi oficialmente inaugurado, a 27 de Setembro, pelo Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, na capital do país, o Hospital Pedalé, um dos mais modernos complexos hospitalares de África. Esta unidade de saúde representa uma viragem histórica no acesso a cuidados médicos de alta complexidade em Angola.
No seu primeiro dia de funcionamento, o hospital recebeu casos graves e doentes críticos, necessitando de cuidados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e de intervenções com tecnologia de ponta. Este acolhimento imediato simboliza o cumprimento do seu papel social: garantir atendimento de excelência a quem mais precisa, com serviços anteriormente disponíveis apenas no estrangeiro.
À margem da inauguração, a Ministra da Saúde, Dra. Sílvia Lutucuta, manteve uma conversa com pacientes em tratamento de hemodiálise, destacando-se a presença de utentes residentes nas imediações do hospital. Estes manifestaram grande satisfação por já não precisarem de se deslocar longas distâncias para aceder a cuidados vitais.
Dona Cecília, uma paciente residente nas proximidades, partilhou emocionada:
“Vivo aqui mesmo ao lado. Antes, tinha de apanhar táxi para fazer o tratamento longe de casa. Agora, estou muito feliz. Agradeço ao Executivo por esta facilidade que muda a nossa vida.”
Segundo o Executivo angolano, o Hospital Pedalé é uma resposta estratégica aos desafios estruturais da saúde pública, resultado de um investimento visionário que promove:
* A soberania sanitária;
* A formação de quadros nacionais;
* A independência clínica de Angola.
“A saúde continua a ser prioridade do Governo”, reafirmou o Presidente João Lourenço.
O Hospital Pedalé é, assim, a concretização desse compromisso com a vida e o bem-estar dos angolanos.
Com 145 camas, incluindo:
* 33 cadeiras de hemodiálise;
* 8 cadeiras para quimioterapia;
* 5 blocos operatórios (um deles exclusivo para cirurgia robótica),
o Hospital Pedalé posiciona-se como o maior e mais avançado centro hospitalar de Angola.
O Hospital Pedalé introduz tecnologias ainda raras no continente africano, nomeadamente:
* Ressonância magnética de 3 Tesla;
* Serviços de medicina nuclear.
Estas inovações permitirão diagnósticos mais rápidos e precisos, essenciais no tratamento de doenças como o AVC e o cancro.
A unidade está preparada para actuar como centro de excelência no tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das principais causas de morte em Angola. Com equipas altamente capacitadas em neurologia e cuidados intensivos, o hospital oferece:
* Tratamento imediato por trombólise medicamentosa;
* Cateterismo cerebral;
Estas técnicas reduzem as sequelas e salvam vidas.
Na área da oncologia, a integração com a medicina nuclear permite:
* Diagnóstico precoce;
* Braquiterapia;
* Radioterapia de precisão.
Assim, Angola passa a posicionar-se entre os centros de oncologia de 3.º nível a nível internacional.
O Hospital Pedalé conta ainda com um centro de formação médica e cirúrgica, com foco em:
* Cirurgia robótica;
* Técnicas minimamente invasivas.
Este esforço visa capacitar profissionais nacionais com as práticas mais avançadas da medicina mundial, reduzindo a necessidade de evacuações médicas e contribuindo para a retenção de talento em Angola.
Fonte: MINSA
Luanda, 28 de Setembro de 2025