• PRIMEIRA DAMA DA REPÚBLICA DE ANGOLA PRESIDE ACTO CENTRAL DE LANÇAMENTO DA CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA O CANCRO DO COLO DO ÚTERO


    A Primeira-Dama da República de Angola, Dra. Ana Dias Lourenço, presidiu nesta segunda-feira, 27 de Outubro, o Acto Central do Lançamento da Campanha Nacional de Vacinação contra o Cancro do Colo do Útero, realizado no Complexo Escolar Hélder Albuquerque n.º 173, na cidade de Moçâmedes, província do Namibe.

    Durante a cerimônia de abertura, a Primeira Dama da República e Embaixadora da Campanha, Dra. Ana Dias Lourenço, sublinhou que esta iniciativa marca um passo histórico para o país, simbolizando a determinação do Estado angolano em cuidar das suas meninas e futuras mulheres, assegurando-lhes um futuro saudável e próspero.

    A Primeira-Dama destacou que o cancro do colo do útero é uma doença evitável, mas que infelizmente continua a tirar a vida de muitas mulheres em idade activa, em Angola e em África. “Tem sido uma das doenças que mais dor provoca nas famílias angolanas, causando sofrimento, perdas humanas e sociais, destruindo famílias e sonhos”, afirmou.

    “Esta vacina representa mais do que uma medida de saúde pública. Ela simboliza a confiança no futuro e o compromisso do Estado com a equidade no acesso à saúde”, reforçou a Primeira-Dama.

    De acordo com a Dra. Ana Dias Lourenço, com esta campanha Angola junta-se aos países que caminham firmemente para eliminar o cancro do colo do útero como problema de saúde pública, em conformidade com a estratégia global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para acelerar a eliminação da doença até 2050, cujo primeiro pilar estabelece a vacinação de 90% das meninas.

    A campanha traduz-se num compromisso com a saúde preventiva, com a igualdade de oportunidades e com o futuro das mulheres angolanas, assumindo um profundo significado nacional no ano em que o país celebra o 50.º Aniversário da Independência.

    “Hoje, a província do Namibe dá um passo decisivo com o início da vacinação, com a certeza de que Angola está preparada, unida e empenhada em proteger as suas meninas”, afirmou a Primeira-Dama, felicitando os Ministérios da Saúde e da Educação, bem como os mobilizadores e voluntários pelo esforço conjunto que permitirá vacinar mais de 2 milhões de meninas entre 27 de Outubro e 7 de Novembro de 2025.

    Por seu turno, a Ministra da Saúde, Dra. Sílvia Paula Valentim Lutucuta, anunciou que a campanha envolverá 14.650 pessoas, entre profissionais de saúde, professores, técnicos municipais, supervisores, agentes comunitários e voluntários. De acordo com a responsável, foram mobilizadas 1.667 equipas de vacinação, apoiadas por 645 supervisores e viaturas, garantindo que a vacina chegue a 8.900 escolas e 476 unidades sanitárias em todo o território nacional.

    O Vice-Governador da Província do Namibe, Dr Abel do Rosário Kapitango, em representação do Governador Dr. Archer Mangueira, destacou que “a vacina contra o cancro do colo do útero não é apenas uma injeção, mas representa um factor decisivo para melhorar a saúde das mulheres angolanas no século XXI”. Informou ainda que, desde o início da campanha nas escolas, o Namibe já alcançou 99% das meninas cadastradas, e o trabalho continuará para abranger também as comunidades fora do ambiente escolar.

    O Coordenador Residente Interino das Nações Unidas em Angola, Dr. Diego Zorrilla Orsat, lembrou que mais de 117 mil mulheres africanas são diagnosticadas todos os anos com a doença e cerca de 76 mil não sobrevivem. “Com esta campanha, Angola envia uma mensagem clara ao continente e ao mundo: basta de mortes evitáveis, basta de sofrimento desnecessário”, declarou.

    Em representação da Ministra da Educação, Dra. Luísa Grilo, a Secretária de Estado para o Ensino Primário, Dra. Soraya Kalongela, salientou a importância da integração entre educação e saúde.

    “A educação e a saúde são pilares inseparáveis do nosso desenvolvimento. Não há educação sem bem-estar. Nenhuma criança deve ser discriminada por causa de uma doença prevenível.”

    A responsável reiterou que o Ministério da Educação continuará a actuar em toda a cadeia do processo, garantindo que todas as meninas sejam vacinadas.

    A cerimônia contou ainda com a presença de representantes da OMS, UNICEF, PNUD, FNUAP, UE, Gavi – Aliança Global, Banco Mundial, Banco Europeu, bem como de autoridades tradicionais, eclesiásticas, profissionais de saúde, professores, pais, encarregados de educação, líderes comunitários e organizações femininas e da sociedade civil.

    Fonte: DCI / MINSA