O Secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Europeu Inocêncio, presidiu hoje, 25 de Novembro, a abertura do II Congresso Científico do Instituto Angolano do Controlo do Câncer (ONKOS II), que se realiza sob o lema: “Humanização: Ciência e Qualidade de Vida: Da Prevenção à Reabilitação”. O evento, que reúne especialistas da área da saúde, busca discutir os avanços e desafios no tratamento do câncer no país.
Durante a cerimônia, o responsável destacou que o congresso ocorre em um ano emblemático para Angola, que celebra 50 anos de Independência Nacional. Ressaltou as conquistas no Sistema Nacional de Saúde, com ênfase no tratamento do câncer, como a criação de centros especializados em diversas áreas da oncologia. “O país tem avançado significativamente no tratamento de câncer, com destaque para a implementação de áreas como oncologia, cirurgia oncológica, oncologia pediátrica, hemato-oncologia, radioterapia e cuidados paliativos,” afirmou.
O Secretário também abordou a mudança no quadro epidemiológico de Angola, com o aumento de doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer, que passou a ser uma preocupação crescente para as autoridades de saúde. “A mudança no perfil epidemiológico de Angola exigiu a criação de novas estratégias de saúde, com investimentos em infraestruturas, recursos humanos qualificados e políticas de prevenção baseadas em evidência científica,” destacou.
Entre os marcos recentes, Inocêncio mencionou a inclusão da vacina contra o HPV no Programa Nacional de Vacinação, uma medida fundamental na prevenção do câncer do colo do útero. Além disso, o Secretário destacou a descentralização dos serviços de oncologia em várias regiões do país, citando o Hospital General de Exército Pedro Maria Tonha "Pedalé", com serviço dedicado ao câncer da mama, o Hospital Geral de Cacuaco "Heróis do Kifangonfo", com seu Centro Oncológico Pediátrico, e o Hospital Central do Lubango, que trata de doentes oncológicos, o que reforça a descentralização a assistência oncológica no sul do país.
O congresso também abordou a importância da humanização no tratamento oncológico, com foco no paciente como centro do processo de cuidado. “Angola está consolidando uma oncologia moderna que une ciência e humanização, ambas essenciais para garantir a qualidade assistencial,” concluiu Inocêncio.
O ONKOS II é uma oportunidade para aprofundar discussões sobre a jornada do paciente oncológico, desde a prevenção e diagnóstico precoce, até a reabilitação e reintegração social.
Fonte: DCI/MINSA