• SECRETÁRIO DE ESTADO PRESIDE CERIMÔNIA DE ABERTURA DA 3ª EDIÇÃO DA FEIRA INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS EM SAÚDE – 2025


    O Secretário de Estado para a Saúde Pública, Dr. Carlos Alberto Pinto de Sousa, em representação de Sua Excelência Ministra da Saúde, presidiu na manhã desta quinta-feira, 20 de Novembro, a cerimónia de abertura da 3.ª Edição da Feira Internacional de Negócios em Saúde – 2025, uma iniciativa da empresa SAÚDE CLUB, instituição dedicada à idealização e gestão de eventos do sector, existente desde 2019.

    Sob o lema “50 Anos de Saúde em Angola: Retrospectiva e Perspectivas”, o responsável destacou que a realização deste evento insere-se nas comemorações do 50.º aniversário da Independência Nacional, período em que o Sector da Saúde tem percorrido um caminho marcado por grandes desafios e importantes conquistas. Estas comemorações visam evidenciar os progressos obtidos ao longo das últimas décadas e reafirmar o compromisso com um futuro mais próspero e sustentável.

    De acordo com o Secretário de Estado, com a proclamação da Independência Nacional a 11 de Novembro de 1975, foi criado o Sistema Nacional de Saúde Angolano e o Serviço Nacional de Saúde (SNS), instituído por lei promulgada pelo Presidente da República, Dr. António Agostinho Neto, em 10 de Dezembro de 1975. A legislação estabelecia que a República Popular de Angola reconhecia a saúde como um direito fundamental de todos, garantindo acesso universal e gratuito, assente nos cuidados primários de saúde.

    O período compreendido entre 2017 e o primeiro semestre de 2025 foi marcado pela construção, reabilitação e apetrechamento de unidades sanitárias; pela expansão da rede de prestação de serviços de saúde; pelo incremento de recursos humanos e da oferta formativa no país e no exterior; pelo reforço dos recursos financeiros; e pela produção de legislação e documentos orientadores do Sector.

    O responsável acrescentou que foram adoptadas estratégias integradas e inovadoras, baseadas na acção e na transformação, para garantir o acesso universal a serviços de saúde de qualidade e humanizados, centrados na pessoa. Estas intervenções, inseridas em programas estruturantes, com apoio de outros sectores e da própria comunidade, têm como objectivo gerar externalidades positivas sobre os determinantes sociais da saúde, bem como assegurar respostas céleres às epidemias, reforçando e investindo na governação para garantir eficácia, qualidade e equidade nos serviços.

    Pinto de Sousa recordou que, a necessidade de responder a epidemias como malária, febre amarela, COVID-19 e cólera fortaleceu a capacidade nacional para gerir surtos e outras emergências de saúde pública. Informou ainda que se encontra em execução o Plano Multissectorial de Prevenção e Resposta à Cólera, no âmbito do qual foi possível mobilizar 3,6 milhões de doses de vacinas.

    Ao longo dos 50 anos do Sistema Nacional de Saúde, registaram-se avanços significativos, traduzidos na expansão da rede de cuidados, na formação de profissionais e na melhoria dos principais indicadores de saúde. O responsável salientou que a assistência médica em Angola tem sido catalisadora para o desenvolvimento de novos empregos, para a capacitação profissional na área da saúde e para a redução das desigualdades, promovendo o bem-estar social.

    Na sua conclusão, afirmou que vivemos um período de rápidas transformações no Sector. “A digitalização, a inteligência artificial, a biotecnologia, as novas abordagens de gestão hospitalar e a medicina preventiva são hoje elementos essenciais para garantir sistemas de saúde fortes, inclusivos e resilientes.” Acrescentou ainda que a saúde se assume cada vez mais como um sector central para o desenvolvimento económico e social, sendo esta feira uma demonstração do compromisso de Angola em ocupar um lugar de destaque na transformação do Sector a nível continental e global.

    Fonte: DCI/MINSA