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Sociedade
22 Novembro de 2022 | 11h11

ÍNTEGRA DO DISCURSO DA MINISTRA DA SAÚDE POR OCASIÃO DO LANÇAMENTO DA SEGUNDA FASE DA CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO INTEGRADA CONTRA A COVID-19, SARAMPO, RU-BÉOLA, POLIO E ADMINISTRAÇÃO DE VITAMINA A.

ÍNTEGRA DO DISCURSO DA MINISTRA DA SAÚDE POR OCASIÃO DO LANÇAMENTO DA SEGUNDA FASE DA CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO INTEGRADA CONTRA A COVID-19, SARAMPO, RU-BÉOLA, POLIO E ADMINISTRAÇÃO DE VITAMINA A.

Excelência Vice Governador da Província de Luanda, para o Sector Político Social Dr. Manuel Gonçalves
Excelência Secretário de Estado para Saúde Pública, Professor Carlos Pinto de Sousa
Digníssimo Administrador do Município de Talatona, Dr. Demétrio António Brás de Sepúlveda;
Excelentíssimos Representantes da OMS, UNICEF, USAID, Banco Mundial, CDC e de outras organizações parceiras;
Digno Director Provincial de Saúde da Província de Luanda e Digníssimo Director Municipal de Talatona
Distintos Directores Nacionais do MINSA
Ilustres convidados, minhas senhoras e meus senhores
Queridas crianças
É com muita satisfação que lançamos hoje a segunda fase da Campanha Integrada de Vacinação contra a Pólio, o Sarampo e Rubéola e a Administração da Vitamina A, em Crianças menores de cinco anos e a vacinação contra a COVID-19. Hoje também temos o prazer de lançarmos a quarta dose da vacina contra a COVID-19.
Esta cerimónia reveste-se de uma importância particular, que advém do facto de constituir a reafirmação do nosso compromisso com a sobrevivência e o desenvolvimento das nossas crianças, em consonância com o pensamento do Senhor Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, que tem sublinhado que as crianças sempre estiveram no centro das políticas de governação.
Gostaria de felicitar nesta ocasião o Governo da Província de Luanda, através do Senhor Governador, Engenheiro Manuel Homem pelo desenvolvimento de acções prosseguindo a melhoria dos indicadores de saúde da província. Saúdo nesta ocasião o povo do Município de Talatona, em particular as crianças, pela sua tradicional hospitalidade e simpatia.
Hoje é um dia muito especial, porque estamos a realizar o lançamento da campanha nacional de vacinação em crianças menores de 5 anos para dar resposta aos surtos de sarampo que estão a ocorrer em várias províncias do país, controlarmos a Rubéola e consolidarmos a certificação de País livre da Pólio. Vamos aproveitar a logística desta campanha para também administrar a vitamina A, a Vacina contra a COVID-19 e lançarmos a quarta dose desta vacina.
Um dos maiores desafios que o ser humano enfrenta após o nascimento é a sobrevivência, sobretudo dos zero aos cincos anos, fase em que as vacinas são fundamentais para a prevenção de doenças evitáveis. O mesmo podemos afirmar relativamente à Vacina Contra a COVID-19 que nos têm mostrado que é eficaz, sobretudo na redução da mortalidade das populações.
É por este facto que defendemos o acesso universal aos serviços preventivos e curativos de saúde, como uma afirmação do direito humano à Saúde que proporciona não só a melhoria da saúde, mas também a redução da pobreza e das iniquidades.
Este nosso comprometimento está inscrito no Programa do Executivo para o Quinquénio, que tem como prioridade a universalização do acesso às vacinas, com vista à redução da mortalidade.
Esta importante actividade é em resposta aos surtos de sarampo que estão a ocorrer em muitos municípios do País, por acumulação de crianças susceptíveis. Desde a última campanha de vacinação contra o sarampo realizada em 2018 verificou-se aumento no número de crianças susceptíveis de contrair sarampo, devido a menor demanda de vacinação de rotina às unidades sanitárias, causada pela pandemia da COVID-19, pelo que é de grande importância assegurar que nesta campanha todas as crianças desde os 6 meses de idade sejam vacinadas contra o sarampo, independentemente das doses recebidas anteriormente, para evitar a propagação dos surtos epidémicos.
Relativamente a Poliomielite, quero lembrar que África não está livre da Pólio, já que entre Fevereiro e Maio do presente ano, foram confirmados no Malawi e Moçambique, casos de Poliomielite importados do Paquistão com um elevado risco de reintrodução do Poliovírus Selvagem em Angola, por este motivo o MINSA incorporou a vacina Pólio na campanha de vacinação. A vacina da Pólio oral será administrada a todas as crianças desde recém nascidos até menores de cinco anos.
Estes eventos mostram a grande vulnerabilidade do país e a importância de atingir altas coberturas de vacinação uniformemente distribuídas na rotina e durante as campanhas para a prevenção efectiva do sarampo e das outras doenças preveníveis pela vacinação.
à Vitamina A é essencial para o adequado funcionamento do organismo humano. Durante a Campanha Integrada será administrada a Vitamina A a todas às crianças desde os 6 meses de idade até os menores de 5 anos de idade, com a finalidade de reforçar a resposta imunitária dos epitélios respiratório, digestivo e ocular das crianças.
Angola tem circulação comunitária da COVID-19 e assistimos ao surgimento de frequentes surtos e ocorrência de alguns óbitos, particularmente nas pessoas não vacinadas e pessoas com comorbilidades associadas.
Esta campanha pretende também, oferecer uma nova oportunidade para que as pessoas de 12 anos e mais de idade em particular os idosos e pessoas com comorbilidades, recebam pelo menos duas doses de vacina contra a COVID-19 e possam aquelas que completaram seu esquema básico fazer a terceira dose de reforço. Quero informar que a partir de hoje as pessoas que receberam a terceira dose há mais de 3 meses poderão fazer a 4ª dose. Isto para estar preparados para o aumento na transmissão do vírus SARS-CoV-2 que causa a COVID-19.
A Campanha Nacional foi programada em 2 fases: A primeira fase já foi cumprida e realizou-se entre Julho e Agosto deste ano em 8 provincias do país, tendo obtido uma cobertura de 98% na vacinação e distribuição de vitamina A às crianças. Isto foi possível graças ao árduo trabalho do pessoal de saúde, ao envolvimento dos Governadores e Administradores Municipais, assim como apoio das Forças Armadas, Policia Nacional, entidades tradicionais, religiosas, parceiros nacionais e internacionais, e principalmente a aderência massiva da população. Na primeira fase foram vacinadas 1.6 milhões e crianças menores de 5 anos.
Nesta Segunda Fase da Campanha Integrada prevê-se vacinar contra o Sarampo /Rubéola, Pólio e Administrar a Vitamina A cerca de 3.348.000 crianças, menores e 5 anos, e vacinar contra a COVID-19 cerca de 560,000 pessoas de 12 anos e mais de idade.
A campanha decorrerá em 10 províncias nomeadamente: Luanda, Huambo, Huila, Malanje, Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico, Cuando Cubango, Cunene e Namibe de 21 de Novembro a 04 de Dezembro. Nas restantes províncias vai-se intensificar a vacinação de rotina em crianças e a vacina contra a COVID-19.
Para aumentar o nível imunitário da população no seu conjunto, todas as crianças menores de 5 anos devem ser vacinadas, independentemente se receberam doses anteriores da vacina.
Estima-se de acordo aos microplanos municipais, que participarão de forma direita na segunda fase da campanha mais de 11,800 pessoas entre técnicos e voluntários, organizados em cerca de 1.540 equipas de vacinação.
A supervisão estará garantida por 308 supervisores municipais de equipas, 117 supervisores provincias, 35 supervisores nacionais e apoio de cerca de 48 técnicos de organizações de Nações Unidas e outras Instituições parceiras.
Para a prevenção de doenças mediante a vacinação, o Ministério da Saúde combina estratégias de vacinação de rotina nas unidades sanitárias, com campanhas periódicas contra doenças com potencial epidémico, de forma a reduzir drasticamente o número de pessoas susceptíveis de contrair doenças e prevenir ou controlar epidemias.
Assim, recomendamos aos pais das crianças menores de 1 ano, que para além de receberem as vacinas administradas durante a campanha, devem dirigir-se regularmente às unidades de saúde mais próximas das suas residências para que sejam administradas aos seus filhos todas as vacinas do calendário nacional de vacinação, disponíveis nas unidades sanitárias. Relembrar também que a vacina é gratuita.
O sucesso desta campanha e do acesso universal às vacinas de todas as nossas crianças depende também de toda a sociedade, mas particularmente dos pais e professores, que devem ser os principais mobilizadores para alcançarmos os objectivos estabelecidos.
Para garantir o êxito da campanha está a haver uma grande participação multissectorial, incluindo o envolvimento das forças armadas, da polícia nacional, coordenada pelo Ministério da Saúde. Fez-se a mobilização atempada de recursos financeiros, de capacitação de recursos humanos, de aquisição e envio às províncias de vacinas e material, bem como a realização de actividades de mobilização social, envolvendo as comunidades, as autoridades tradicionais, religiosas, parceiros nacionais e internacionais.
Não posso deixar de referir que a campanha a nível das províncias e municípios está a ser liderada pelos Senhores Governadores e Administradores Municipais que é crítico para assegurar a implementação bem-sucedida da campanha.
Importa destacar aqui que esta campanha está a ser financiada pelo Executivo Angolano que tem estado a assumir cada vez mais o financiamento das actividades da Imunização de crianças menores de cinco anos contra as doenças imunopreveníveis, com a finalidade de garantir a sua sustentabilidade.
Importa igualmente realçar que a campanha está a receber um importante apoio técnico e financeiro dos parceiros internacionais, nomeadamente da OMS, do UNICEF, da GAVI, da Nutrition International, CDC e USAID.
Ilustres Convidados, Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Esta campanha é um contributo irrefutável para a redução do peso das doenças evitáveis pela vacinação, o que se repercute inevitavelmente na redução da mortalidade infantil e na mortalidade causada pela COVID-19 e contribuir para a recuperação económica e social pós-pandemica.
Permitam-me que felicite os trabalhadores da saúde e os voluntários pelo sentido de responsabilidade e desempenho, dando o melhor de si, por vezes mesmo em condições muito difíceis.
Permitam-me também que agradeça aos nossos parceiros, que permanecem connosco unindo-se aos nossos esforços para salvar vidas.
Por último, desejo enviar uma mensagem muito especial a toda a população, aos pais e às próprias crianças, pedindo-lhes que encarem esta campanha e as acções de vacinação como uma responsabilidade individual e colectiva, como um bem disponibilizado pelo Estado cujos benefícios a todos se destinam, pois com a vacinação salvam-se vidas e proporciona-se a todo, particularmente as crianças um futuro mais alegre e com mais saúde e bem-estar.
Muito Obrigado


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