Ministério da Saúde

COMUNICADO À IMPRENSA

Delegação do Ministério da Saúde de Angola realiza missão de trabalho à República do Quénia no âmbito do Memorando de Entendimento na Área da Saúde

De 5 a 8 de Dezembro de 2025, uma delegação multidisciplinar do Ministério da Saúde da República de Angola efectua uma missão oficial à República do Quénia, no quadro do Memorando de Entendimento (MOU) sobre Cooperação na Área da Saúde, assinado entre os Governos dos dois países em 21 de Outubro de 2023. A deslocação tem como objectivo reforçar o processo de implementação do referido Memorando e desenvolver acções de engajamento com instituições parceiras quenianas.

A delegação angolana é composta pelo Dr. Júlio de Carvalho, Director do Gabinete de Intercâmbio, Dr. Baptista Monteiro, Director Nacional de Recursos Humanos, Dr. Mateus Guilherme, Director do Instituto de Especialização em Saúde, Dra. Djamila Príncipe, Directora do Gabinete de Ética e Humanização, Dra. Maria Manuela Mendes, Directora do Hospital Materno Infantil "Pedro Azancot de Menezes", Dr. Mário Fernandes, Director Geral do Hospital Geral Emílio de Carvalho, e Dr. Geovani Malega, Director Geral do Hospital Geral Reverendo Pereira Inglês.

Durante a missão, a equipa angolana manteve encontros de trabalho com diversas instituições chave do sector da saúde queniano, nomeadamente: Ministério da Saúde do Quénia, Kenya Medical Training College, Kenyatta National Hospital, Kenyatta University e a Gertrude’s Children’s Hospital (Hospital Universitário).

As reuniões permitiram identificar áreas prioritárias de cooperação, incluindo formação de quadros, intercâmbio técnico, especialização médica, gestão hospitalar e fortalecimento de capacidades institucionais.

O Ministério da Saúde de Angola considera que esta missão constitui um passo significativo no aprofundamento da parceria estratégica com a República do Quénia e na consolidação de acções que visam a melhoria contínua do Sistema Nacional de Saúde.

Fonte: DCI/MINSA

COMUNICADO FINAL DO 1° CONGRESSO DO COMPLEXO DE DOENÇAS CARDIOPULMONARES DOM ALEXANDRE DO NASCIMENTO

Proferido pelo Dr. Carlos Alberto Masseca, Director-geral do Complexo Hospitalar

A Direção do Complexo Hospitalar de Doenças CardioPulmonares Dom Alexandre do Nascimento, tem a honra de apresentar o Comunicado Final relativo às comemorações do 4.º Aniversário da instituição e à realização do seu Primeiro Congresso, um acontecimento memorável que reafirma a nossa identidade, fortalece a nossa missão e celebra o compromisso inabalável com a saúde pública em Angola.
Este congresso não foi apenas um evento; foi uma demonstração de maturidade institucional e um tributo à perseverança que moldou esta Unidade desde os seus primórdios.

Os registos audiovisuais exibidos, datados de 2014 e 2015, permitiram revisitar os primeiros passos desta jornada, evidenciando a visão, a dedicação e o sacrifício que deram origem a este projeto. São testemunhos vivos do caminho percorrido e das bases sólidas que sustentam a evolução da instituição.

A abertura da sessão marcou-se pela presença dos colegas das áreas técnica e administrativa, que concluíram as suas tarefas antes de se unirem à cerimónia. Este gesto simboliza o espírito de responsabilidade, camaradagem e unidade que norteia esta casa. Reiteramos com convicção que o nosso progresso será sempre coletivo e que ninguém será deixado para trás.

A Direcção dirige saudações especiais à Directora Clínica, ao Director Administrativo, ao Director de Enfermagem e ao Director Técnico, líderes cujo empenho diário inspira confiança e garante a solidez das operações da instituição. Estendemos igualmente o nosso agradecimento aos professores provenientes de Portugal, às equipas do Monzino e aos companheiros cubanos, parceiros incansáveis cuja dedicação honra a cooperação histórica entre Angola e Cuba.

Manifestamos profundo reconhecimento aos representantes das diversas unidades sanitárias, às ordens profissionais, aos preletores, moderadores, convidados nacionais e internacionais e a todos os participantes que acompanharam este congresso presencialmente ou através das plataformas tecnológicas. A presença de cada um engrandeceu o debate, elevou o rigor científico e dignificou o propósito deste encontro.

Neste ano de celebrações marcantes, 50 anos de Independência de Angola e 50 anos do Serviço Nacional de Saúde (13 de Dezembro), este Congresso assume um valor simbólico extraordinário. Representa a continuidade de um legado e reafirma o compromisso desta unidade com a construção de um Sistema de Saúde robusto, humano e eficiente.

A Direcção rende homenagem a todos os profissionais que, desde a fundação da instituição, contribuíram para o seu crescimento. Aos que permanecem, aos que seguiram novos rumos e à memória dos que já não estão entre nós, expressamos a nossa eterna gratidão. Cada contributo, cada gesto e cada dedicação individual constituem a base do que hoje celebramos.

Reconhecemos, com igual apreço, o apoio firme dos nossos parceiros, que apesar das adversidades económicas continuam comprometidos com a missão desta Unidade Sanitária. Agradecimentos especiais são dirigidos à Socinte, à RF e à Melique, cuja colaboração foi essencial para que este congresso alcançasse o sucesso observado.

O Congresso proporcionou uma reflexão profunda sobre o trabalho desenvolvido, reafirmando os desafios que guiam a nossa actuação: aperfeiçoar o diagnóstico, elevar a qualidade do tratamento e fortalecer a reabilitação, devolvendo ao país cidadãos preparados para contribuir para o seu desenvolvimento social e económico.

O ano em curso destacou-se pela atenção dedicada às crianças, com o expressivo aumento da capacidade de cirurgias cardiovasculares pediátricas, um marco que reafirma o compromisso desta unidade com a vida e com o futuro da nação. A formação de quadros permanece como eixo estratégico, tanto através de acções internas como dos programas do Ministério, antevendo-se para o próximo ano o regresso de profissionais em formação dentro e fora do país, o que reforçará a excelência técnica da instituição.

A Direcção reafirma o propósito de posicionar esta Unidade Sanitária entre as melhores do Sector, investindo não apenas na modernização dos equipamentos, mas sobretudo na elevação constante do conhecimento, a verdadeira força motriz que sustenta a inovação, a eficiência e a evolução contínua.

Renovamos o compromisso de que o próximo congresso será mais abrangente, mais inclusivo e com maior representatividade internacional, envolvendo todas as áreas que compõem o Hospital e ampliando a nossa capacidade de cooperação e produção científica.

Apesar de ser operacionalmente um hospital de caráter fechado, esta Unidade permanece plenamente aberta ao conhecimento, à cooperação interinstitucional e à troca de experiências, alinhada com o objectivo de fortalecer a resposta clínica e a investigação científica, contribuindo para a melhoria da saúde de Angola.

A Direcção expressa a todos os presentes, colaboradores e parceiros a sua profunda gratidão.
Hoje celebramos não apenas um Congresso, mas um marco que honra a nossa história e inspira o nosso futuro.
Hoje celebramos um dia abençoado — um dia que Deus verdadeiramente fez.

Muito obrigado.

O Secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, destacou esta quinta-feira, 4 de Dezembro, em Luanda, os principais avanços e desafios do Sistema Nacional de Saúde, durante a abertura do 1.º Congresso do Complexo de Doenças Cardiopulmonares Dom Alexandre do Nascimento, que celebra quatro anos de existência sob o lema “Ciência, Cuidado e Soberania: 4 anos de excelência hospitalar em 50 anos de Angola independente”.

No seu discurso, o governante recordou que a transformação do antigo Sanatório de Luanda, antes dedicado exclusivamente ao tratamento da tuberculose, teve início após a visita do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, em 2017. Segundo Inocêncio, a reabilitação e modernização da unidade “marcaram uma viragem histórica no Serviço Nacional de Saúde”, permitindo que o Complexo se tornasse hoje uma referência na formação e capacitação de profissionais, bem como na introdução de técnicas avançadas.

Entre os avanços, destacou cirurgias cardíacas e cardíacas pediátricas, intervenções de neurocirurgia, cuidados neurocríticos, neuronavegação e procedimentos minimamente invasivos. Sublinhou ainda a realização contínua de cirurgias robóticas, assinalando que o país registou um marco histórico ao transmitir uma cirurgia para mais de 17 mil quilómetros de distância, um feito que, segundo o secretário de Estado, posiciona Angola no mapa científico internacional.

Ao abordar os 50 anos do Sector da Saúde, Inocêncio lembrou que, na altura da independência, o país dispunha apenas de 19 médicos e uma infraestrutura hospitalar muito limitada. Realçou que, apesar das crises económicas e dos desafios colocados por epidemias como a febre amarela e a Covid-19, o Plano Nacional de Desenvolvimento 2017-2021 permitiu reforçar a rede sanitária com novas unidades, maior formação de quadros, aumento do financiamento e actualização de instrumentos legais.

Actualmente, informou, Angola conta com 18 hospitais centrais, 23 hospitais gerais, 34 especializados, 172 municipais, 668 centros de saúde e 2.311 postos de saúde. Desde o primeiro mandato presidencial até 2024, foram incorporados 46.705 novos profissionais, incluindo 3.833 médicos formados no país e no exterior, 27.276 enfermeiros e mais de 10 mil técnicos de diagnóstico e terapêutica.

O director do Complexo, Alberto Masseca, destacou, por sua vez, a importância da intervenção presidencial que conduziu à criação do actual hospital. Recordou que a modernização foi possível graças ao apoio de parceiros internacionais e nacionais, como a Azul Energia, o Centro Cardiológico de Monzino (Itália), a Fundação NGana Zenza, a Fundação Jean Martins, o Banco Mundial e instituições do Brasil, Portugal e Cuba.

Inaugurado em Novembro de 2021, o Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Dom Alexandre do Nascimento formou mais de mil profissionais em quatro anos e alcançou importantes feitos clínicos: a primeira cirurgia robótica do país, a primeira cirurgia robótica de hérnia ivicobiliar, mil cirurgias cardíacas, procedimentos de cateterismo pediátrico para crianças a partir dos seis meses, além de 113.209 consultas externas, 18.957 internamentos, 60.506 atendimentos no banco de urgência e 2.954 actos cirúrgicos.

O congresso decorre com debates técnicos e apresentações científicas sobre os avanços do Sector e o papel do Complexo na modernização dos cuidados cardiopulmonares em Angola.

Fonte: DCI/MINSA

A delegação de Angola, chefiada pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, participa de 2 a 4 de dezembro na reunião do Conselho de Administração da Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI), que decorre em Genebra, Suíça. O encontro tem como principais pontos de agenda a aprovação do plano financeiro e dos orçamentos para o período 2026-2030, bem como a validação da Estratégia 6.0 que orientará o novo ciclo de intervenção.

Além da definição estratégica, o Conselho de Administração deverá rever políticas internas, modelos de financiamento, mecanismos de alocação de fundos e processos de coordenação com parceiros. A reunião inclui ainda a avaliação da execução recente e orientações para a implementação dos programas em curso, com vista a assegurar compromissos financeiros sustentáveis e metas ambiciosas para o próximo período.

Angola, a par de outros países implementadores, tem assumido um papel activo no processo de negociação e revisão estratégica, apresentando propostas focadas na justiça distributiva do apoio, no fortalecimento da vacinação de rotina e no acesso equitativo a novas vacinas.

Após ter concluído a graduação da assistência da GAVI em 2017, Angola continuou a beneficiar de apoios específicos, incluindo o Período de Transição, o reforço do Sistema de Saúde (HSS) e o Projecto MICs. Em 2025, o país voltou a tornar-se elegível ao apoio da Aliança, o que reforça a sustentabilidade do Programa Nacional de Imunização.

A presença da delegação angolana ocorre poucas semanas depois da visita ao país da directora-executiva da GAVI, Sania Nishtar, realizada na segunda quinzena de novembro, considerada um marco no reforço da cooperação bilateral. A visita coincidiu com a aprovação da Estratégia Nacional de Imunização 2026–2030, elaborada com apoio da OMS e UNICEF e alinhada à Estratégia GAVI 6.0, que definirá as prioridades nacionais para expansão da cobertura vacinal, introdução de novas vacinas e consolidação do sistema de imunização.

No âmbito da estratégia nacional de expansão e modernização das infra-estruturas de saúde, a Ministra da Saúde, Dra. Sílvia Lutucuta, realizou, na manhã deste domingo, 30 de Novembro, uma jornada de trabalho na Província do Ícolo e Bengo, acompanhada pelo Governador Provincial, Dr. Auzílio Jacob, pelo Secretário de Estado para a Área Hospitalar, Dr. Leonardo Inocêncio, Directores Nacionais e pelo Administrador Municipal.

A delegação deslocou-se à localidade do Mayombe, onde constatou o andamento das obras do Hospital Materno Infantil Municipal, que apresentam um nível de execução física de 70%. A unidade aguarda ainda o apetrechamento e a conclusão de alguns trabalhos de construção civil, representando, contudo, um passo determinante no reforço da rede de saúde primária da província.

No quadro do novo modelo de divisão administrativa, esta infra-estrutura passará a integrar oficialmente a rede de serviços do Ícolo e Bengo, ampliando a capacidade de resposta às necessidades de saúde das comunidades locais.
Durante a visita, a Ministra Sílvia Lutucuta destacou os esforços do Executivo para garantir a continuidade das obras:
“Trabalhamos para assegurar que cada angolano tenha acesso a serviços humanizados e de qualidade. A saúde é uma responsabilidade de todos e cada um de nós, e estamos a mobilizar os recursos necessários para ultrapassar os constrangimentos financeiros.” – afirmou.

O Governador do Ícolo e Bengo, Dr. Auzílio Jacob, reforçou o compromisso do Governo Provincial:
“A saúde das populações é a nossa prioridade. É fundamental levar os serviços para mais perto das comunidades e investir continuamente para melhorar os indicadores de saúde materno-infantil, que são essenciais para o desenvolvimento humano da província.”

Em alinhamento com estas acções, o Presidente da República, João Lourenço, tem reiterado que:
“O reforço das infra-estruturas de saúde em todo o país é um compromisso central do Governo, essencial para garantir cuidados de qualidade, sobretudo nas zonas mais carenciadas”.

A jornada de trabalho reafirma o empenho do Executivo em aproximar os serviços de saúde das populações, fortalecer a rede primária e consolidar a infra-estrutura hospitalar do país.

Paralelamente, decorrem acções conjuntas entre o Ministério das Finanças, o Governo Provincial de Luanda e as autoridades do Ícolo e Bengo, com vista ao desbloqueio dos recursos financeiros necessários para o avanço das obras e o apetrechamento completo da unidade sanitária.