Ministério da Saúde

O Secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, inaugurou nesta terça-feira, 18 de Novembro, a nova Sala de Costura da Vangula House, no Hospital Materno Infantil Dr. Azancot de Menezes, em Luanda. O espaço, criado com apoio do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), tem como finalidade apoiar a reabilitação e reintegração social de mulheres submetidas a cirurgias de fístula obstétrica.

Em representação de Sua Excelência Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, o governante destacou que a iniciativa surge num momento em que Angola celebra 50 anos de Independência, sublinhando os avanços alcançados no Sector da Saúde graças a políticas públicas consistentes, parcerias estratégicas, investimento contínuo e ao empenho dos profissionais.

De acordo com Leonardo Inocêncio, o Executivo, liderado pelo Presidente João Lourenço, continua empenhado em reforçar as condições de trabalho dos profissionais e garantir à população serviços de qualidade, com infra-estruturas modernas e equipamentos de última geração.

O Secretário recordou que a fístula obstétrica continua a ser um problema de saúde pública, afectando cerca de 500 mil mulheres em todo o mundo, sobretudo em África. Embora prevenível e tratável, a condição permanece associada a estigma e abandono familiar, reforçando a importância de projectos que promovam autonomia e inclusão social após o tratamento.

Nos últimos sete anos, o Ministério da Saúde construiu, ampliou ou reabilitou 192 unidades sanitárias, das quais 175 de nível primário, e integrou 46.649 novos profissionais, um aumento de 43,6% na força de trabalho. O Sector conta ainda com um programa que prevê a formação de 38 mil profissionais de saúde até 2028.

A Vangula House, instalada em 2024 no Hospital Azancot de Menezes, tem desempenhado um papel central na abordagem da fístula obstétrica, contando com parcerias como a da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO). A unidade realiza anualmente entre 600 e 700 cirurgias de reparação desta condição, posicionando-se como referência nacional.

Ao concluir, o Secretário Leonardo Inocêncio, afirmou que a instalação da Sala de Costura representa mais um passo na promoção da dignidade e no fortalecimento das políticas de saúde, defendendo que a inovação e a tecnologia são essenciais para o desenvolvimento humano e social do país.

Fonte: DCI/MINSA

O Ministério da Saúde informa que, na manhã desta terça-feira, 18 de Novembro, a Ministra da Saúde, Dr.ª Sílvia Paula Valentim Lutucuta, recebeu, nas novas instalações internas do MINSA, a Directora Executiva da GAVI , Aliança Global para as Vacinas, Dr.ª Sania Nishtar, acompanhada por uma delegação sénior da organização. A reunião contou também com a presença da Directora Nacional de Saúde Pública, Dra. Helga Amélia Freitas, bem como de diversos directores e responsáveis do Ministério da Saúde, entre os quais; o Director de Intercâmbio do Ministério, Dr. Júlio Fernandes; a Secretária-Geral do MINSA, Dra. Sara da Silva; a Directora Interina da CECOMA, Dra. Dilu Sebastião; a responsável do Programa de Imunização, Dra. Alda de Sousa; o Director do Gabinete da Ministra da Saúde, Dr. João Augusto dos Santos; o coordenador e gestor técnico do Projecto de Formação dos Recursos Humanos em Saúde, Dr. Job Monteiro.
Participaram igualmente as gestoras séniores da GAVI para Angola, Dr.ª Adriana Chimez, Dr.ª Alice Nader e Dr.ª Leonie Viering, bem como representantes da OMS, UNICEF e Banco Mundial: Dr. Indrajit Hazarika, Dr.ª Cristina Brugiolo e Dr. Renzo Soto Mayor. Estiveram ainda presentes representantes de estruturas regionais e globais de imunização, directores nacionais do MINSA, chefes de departamento e a coordenadora do Programa Alargado de Vacinação (PAV).
Na sua intervenção, a Ministra da Saúde expressou honra em acolher a Directora Executiva da GAVI e transmitiu as saudações do Executivo angolano, liderado por Sua Excelência Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço. Sublinhou que a visita reforça “os laços de fraternidade, amizade e parceria” que têm orientado a cooperação entre Angola e a GAVI, agradecendo o apoio contínuo ao fortalecimento do Programa Nacional de Imunização.
O apoio técnico e financeiro da GAVI permitiu alcançar avanços significativos, incluindo a introdução de quatro novas vacinas, entre as quais as que previnem pneumonia e diarreias virais, principais causas de mortalidade infantil, o reforço da cadeia de frio e da logística, a formação de profissionais de saúde, a expansão da cobertura vacinal e a implementação de sistemas digitais de monitorização em tempo real. Destaca-se ainda a introdução da vacina contra o HPV, financiada em 2,7 milhões de USD pela GAVI. A campanha nacional, iniciada a 27 de outubro, já alcançou 1,1 milhão de meninas, distribuídas por 21 províncias e 326 municípios, com fundos integralmente geridos através do sistema SIGFE.
Após a graduação da assistência da GAVI em 2017, Angola continuou a beneficiar de apoios específicos, incluindo o Período de Transição, o Projecto de Reforço do Sistema de Saúde (HSS) e o Projecto MICs. Em 2025, o país voltou a tornar-se elegível para o apoio da GAVI, o que permitirá consolidar progressos e reforçar a sustentabilidade do Programa Nacional de Imunização.
A Ministra destacou ainda o forte compromisso de Sua Excelência o Presidente da República com os Cuidados Primários de Saúde, sublinhando que a imunização constitui um dos seus pilares essenciais. Recordou igualmente a participação activa do Chefe de Estado na Cimeira de Reposição de Fundos da GAVI, realizada em Bruxelas, em Junho de 2025, que mobilizou mais de 9 mil milhões de USD para o período 2026–2030, montante que permitirá vacinar 500 milhões de crianças e salvar entre 8 e 9 milhões de vidas.

No domínio epidemiológico, a Ministra apresentou o quadro nacional actual, destacando o surto de cólera que afecta 18 das 21 províncias, com 34.881 casos e 877 óbitos; os 22.137 casos de sarampo registados até outubro de 2025 em 18 províncias; e as acções em curso para combater a circulação do poliovírus tipo 2, apoiadas pela GAVI e pela OMS.

A Ministra agradeceu o apoio técnico, financeiro e logístico da GAVI, OMS, UNICEF, Banco Mundial, Médicos Sem Fronteiras e de outros parceiros na resposta às emergências sanitárias.

A visita coincidiu com a aprovação da Estratégia Nacional de Imunização 2026–2030, elaborada com apoio da OMS e UNICEF e alinhada com a nova estratégia GAVI 6.0, que orientará a expansão da vacinação, a introdução de novas vacinas e o reforço sustentável do sistema de imunização no país.

A Ministra elogiou também a liderança da Dr.ª Sania Nishtar, destacando a sua visão, dedicação e a afinidade entre ambas, decorrente da formação médica e da experiência na gestão de sistemas de saúde.
A visita da Directora Executiva da GAVI representa um marco na cooperação entre Angola e a Aliança Global para as Vacinas, reafirmando o compromisso conjunto de fortalecer o sistema de saúde, salvar vidas e garantir que nenhuma criança fique para trás. O Ministério da Saúde reafirma a sua total disponibilidade para continuar a trabalhar com todos os parceiros nacionais e internacionais na promoção da saúde pública e no acesso universal à vacinação.

Fonte: MINSA
Luanda, 18 de Novembro de 2025

Angola acolheu esta segunda-feira, 17 de Novembro, a Reunião do Southern Africa Partnership of Red Cross Societies (SAPRCS-2025), um dos principais fóruns humanitários da África Austral. A cerimónia de abertura foi presidida pela Ministra da Saúde, Dr.ª Sílvia Paula Valentim Lutucuta, em representação de Sua Excelência o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.

O encontro reúne líderes das dez Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha da região, bem como representantes da Federação Internacional (IFRC), do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), do Sistema das Nações Unidas e do corpo diplomático. Realiza-se num ano simbólico para Angola, que celebra 50 anos de Independência e exerce a Presidência da União Africana.
A Presidente da Cruz Vermelha de Angola, Dra. Delfina Cumandala, destacou que o SAPRCS é uma rede sub-regional que promove cooperação, aprendizagem entre pares e diplomacia humanitária, guiada pelos Princípios Fundamentais do Movimento da Cruz Vermelha: Humanidade, Imparcialidade, Neutralidade, Independência, Voluntariado, Unidade e Universalidade.
O fórum reúne Presidentes, Secretários-Gerais e Presidentes da Juventude das dez Sociedades Nacionais, assim como Chefes de Delegação da IFRC e do CICV, refletindo elevado nível de representação política e institucional. Mais do que um espaço técnico, o SAPRCS atua como plataforma de diplomacia humanitária junto da União Africana e da SADC, abordando desafios regionais como saúde comunitária, mudanças climáticas, proteção de grupos vulneráveis e empoderamento da juventude.
Presente em 191 países, o Movimento é composto por três componentes complementares:
CICV – actua em conflitos armados e protege vítimas de guerra.
IFRC – coordena respostas a desastres e apoia Sociedades Nacionais em tempo de paz.
Sociedades Nacionais – como a Cruz Vermelha de Angola, operam no terreno, mobilizando voluntários e apoiando as comunidades.

As Sociedades Nacionais possuem um papel auxiliar ao Estado, garantindo cooperação estreita com os governos, preservando independência, neutralidade e imparcialidade. Em Angola, o Presidente da República é o Presidente Honorário da Cruz Vermelha, reforçando o estatuto histórico e institucional da CVA.

O SAPRCS-2025 ocorre num ano de relevância histórica e política: 50 anos de Independência e Presidência da União Africana. Este contexto confere a Angola uma oportunidade singular para afirmar liderança humanitária regional, promovendo respostas conjuntas e eficazes a desafios contemporâneos.

A Ministra Sílvia Lutucuta afirmou que a realização do SAPRCS-2025 em Angola é reflexo da visão estratégica do Presidente João Lourenço e da aposta do país na diplomacia humanitária, saúde comunitária, protecção social, mudanças climáticas e empoderamento juvenil.
Destacou o papel histórico da CVA, criada em 1978 e reconhecida pelo CICV em 1986, como presença constante junto das comunidades, apoiando epidemias, migrantes, redução de riscos climáticos e formação de voluntários.
Sublinhou ainda a importância da juventude e dos voluntários como motores da inovação e da resiliência comunitária.

Ressaltou que o SAPRCS-2025 deve resultar em compromissos claros e ações de impacto para as comunidades da região, reforçando a posição de Angola como líder humanitário na África Austral.
O SAPRCS-2025 prossegue durante a semana com sessões técnicas, debates sobre cooperação humanitária, apresentação de boas práticas e encontros bilaterais entre Sociedades Nacionais e parceiros internacionais.

FONTE: MINSA – Luanda, 17 de Novembro de 2025

Ministra da Saúde intensifica supervisão de obras e exalta impacto do futuro Hospital Geral dos Queimados, com 58% de obra física concluída

A Ministra da Saúde, Dra. Sílvia Lutucuta, acompanhada do Secretário de Estado para a Área Hospitalar, Dr. Leonardo Inocêncio, bem como de Diretores Nacionais e consultores, realizou, neste domingo, 16 de novembro de 2025, uma jornada de supervisão às principais obras do sector, destacando o avanço do Hospital Geral dos Queimados, no Município do Kilamba, uma das infra-estruturas de alta complexidade mais aguardadas do país.

Após visitar, pela manhã, o Instituto de Anatomia e Medicina Forense, a governante percorreu as instalações internas do instituto para acompanhar de perto o andamento dos trabalhos e reforçar orientações técnicas às equipas de obra e fiscalização.
O Hospital Geral dos Queimados, actualmente com 58% da obra física concluída, será uma unidade de terceiro nível de assistência, com 249 camas, incluindo 60 destinadas à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O hospital contará com cinco pisos, abrigando alvenaria, acabamentos, redes de gases medicinais e outras especialidades. Haverá equipas técnicas qualificadas, comissão de gestão local e coordenação direta com empreiteiros, garantindo monitorização contínua e cumprimento do cronograma, com previsão de conclusão entre abril e maio de 2026, condicionada à resolução de constrangimentos financeiros.
Um dos destaques da unidade é a instalação das primeiras Câmaras Hiperbáricas de Angola, tecnologia essencial para o tratamento de queimaduras graves, feridas crónicas e patologias respiratórias complexas.
“Estamos a acompanhar de perto cada etapa da obra, garantindo que os prazos sejam cumpridos e que esta infra-estrutura seja entregue com qualidade e segurança para os nossos cidadãos”, afirmou a Ministra Sílvia Lutucuta.
Durante a visita, a Ministra destacou o elevado número de jovens trabalhadores, mulheres e homens envolvidos nesta obra, refletindo o empenho da nova geração na construção de infra-estruturas estratégicas para o país.
A governante sublinhou ainda que este empreendimento surgiu graças ao engajamento e apoio do Presidente da República, João Lourenço, com o objectivo de garantir aos angolanos qualidade e melhor assistência nos serviços de saúde.

O Instituto de Anatomia e Medicina Forense traz importantes inovações, incluindo o primeiro crematório do país, laboratórios de anatomia patológica e genética molecular, reforçando a capacidade de investigação médico-legal e o tratamento digno dos corpos.

O Hospital Geral dos Queimados representa um marco para a saúde nacional, combinando alta complexidade médica, tecnologia avançada e infraestrutura moderna. A unidade será referência no tratamento de queimaduras e emergências críticas, elevando a capacidade científica e tecnológica do país e fortalecendo o sistema de saúde angolano.
“Temos uma responsabilidade colectiva para com os cidadãos que necessitam deste tipo de assistência. É fundamental que todos os sectores envolvidos se empenhem para que este hospital esteja em funcionamento dentro do prazo previsto”, acrescentou a Ministra.

Recorda-se que:
O Presidente da República, João Lourenço, visitou a obra no pretérito dia 12 de agosto de 2025, do futuro Hospital dos Queimados, no Kilamba, em Luanda, para constatar o andamento das obras. Durante a visita, o Presidente reforçou que haverá sempre financiamento para a construção de infra-estruturas de saúde, destacou a importância do hospital como unidade de referência nacional e assegurou que a construção prossegue em bom ritmo, apesar de alguns atrasos. O Presidente expressou ainda a sua satisfação com o progresso dos trabalhos, mencionou a necessidade de concluir os atrasos existentes e

A Ministra da Saúde, Dra. Sílvia Lutucuta, realizou no início da manhã deste domingo, 16 de novembro de 2025, uma visita de avaliação às obras do novo Instituto de Anatomia e Medicina Forense, em construção no município do Camama, província de Luanda. A governante esteve acompanhada pelo Secretário de Estado para a Área Hospitalar, Dr. Leonardo Inocêncio, bem como por directores nacionais, consultores, empreiteiros e fiscais da obra, numa missão destinada a constatar o nível de execução física do projecto, que neste momento atingiu 61%.
Refira-se, para conhecimento público, que um instituto de anatomia e medicina forense é um centro especializado que aplica conhecimentos das áreas da medicina e do direito para analisar corpos e vestígios, auxiliando a justiça na elucidação de crimes e noutras questões legais, incluindo a determinação da causa de morte. Trata-se de uma vertente especializada da medicina legal que utiliza métodos científicos para recolher, analisar e interpretar evidências, como autópsias, exames tanatológicos e análises de DNA, oferecendo respostas periciais fundamentais para processos judiciais e investigativos.
Além do rigor técnico, estas instituições asseguram o tratamento digno dos corpos e oferecem condições adequadas para o acolhimento das famílias.

Durante a visita, a Ministra sublinhou que o novo instituto permitirá um salto qualitativo no tratamento dos casos forenses no país.
“Estamos a criar um espaço moderno, com capacidade técnica e humana para garantir dignidade aos nossos cidadãos, mesmo após a morte. Aqui serão estudados e tratados corpos de pessoas que morrem em casa, na via pública, em acidentes e em outras circunstâncias que exigem perícia médico-legal. O nosso compromisso é assegurar que cada família tenha respostas, condições de respeito e um ambiente apropriado para o reconhecimento e despedida dos seus entes queridos”, afirmou.

O projecto integra um conjunto amplo de infra-estruturas especializadas, incluindo área de autópsias, laboratório de DNA, salas de anatomia patológica, áreas técnicas de conservação, identificação e armazenamento, uma nova morgue equipada, salas de visualização, zona de descontaminação, reservatórios de água, uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR), sala de média tensão e salas de geradores e transformadores.
Uma das grandes novidades do instituto será a instalação de um crematório, o primeiro deste tipo no país, ampliando as opções de gestão e destino final dos corpos, em respeito às necessidades das famílias.

No total, o edifício contará com 200 gavetas de armazenamento, áreas administrativas, espaços de atendimento ao público, recepção, salas de espera para familiares, serviço de registos e áreas laboratoriais de alta complexidade.
Segundo a Ministra, a conclusão do Instituto de Medicina Forense representa um marco para o país, por permitir maior capacidade de investigação médico-legal, aceleração dos processos de identificação de corpos, melhor preservação de evidências e reforço da formação de especialistas, preparando o caminho para a expansão da medicina legal e das equipas de autópsia. A ministra reconheceu que o projecto enfrenta alguns desafios financeiros e logísticos, mas garantiu que o Executivo está a trabalhar para assegurar a continuidade da obra.

Adiantou ainda que muitos equipamentos já foram aprovados e adquiridos, e que o Ministério da Saúde está empenhado em cumprir as etapas finais.

A construção e o apetrechamento deste novo instituto deverão transformar significativamente a resposta nacional em matéria de medicina forense, elevando a capacidade científica do país e reforçando o compromisso com a dignidade humana, a justiça e o atendimento às famílias que dependem destas estruturas.

Fonte: MINSA
Luanda, 15 de Novembro de 2025